26/08/2010

Começando a falar sobre o amor

Tanto se fala de amor. Já é clichê, mas desculpa é dele que sei falar. Não o entendo, até porque, dizem, sou nova demais para isso. Será que quando eu tiver meus 60, 70 anos eu o entenderei? Alguém o entende? Ou melhor, ele é feito para ser entendido? Pensando bem e até refletindo um pouco mais do que o costume, acredito que não.

O amor é feito para ser sentido, vivido, chorado, amado, viajado, roubado, olhado, cheirado, desenrolado, apertado... É algo tão sublime, como diriam os poetas, que não se entende, nem se sente, simplesmente se nasce com ele guardado dentro de nós em algum lugar tão secreto que cientista nenhum jamais descobrirá. Quando menos se espera ele surge de dentro de nós e quando vemos, fudeu! Estamos amando. Simples assim.

Amando a sensação de amar alguém que muita vezes nem ao menos sabe sobre esse sentimento, sobre os pensamentos, e até mesmo os lamentos que passam pelas nossas cabeças, pelos nossos corações e pelas nossas sensações.

O amor é tão surreal, que chega a ser irreal, dentro do natural gesto de amar o ser amado. Devo estar ficando louca, ou devo estar quase entendendo que o amor não se entende. Devo estar fora de mim e de meus sentimentos. Tenho atos que demonstram o quanto eu não supero mais os fatos. O fato de amar, mas amar tanto, que nem sei como viver sem ver, e ter, o ser que eu enlouquecidamente vivo amando.

Não cabe mais dentro de mim. Não tenho mais espaço dentro da minha alma, dentro dos meus membros, dos meus orgãos, do meu coração doído e do meu mais profundo ser.

Minha casa também é pequena demais para essas emoções que me consomem. É essa talvez a palavra que melhor explique hoje o meu amor. Ele me consome, me prende e liberta de tal forma que não sei mais viver sem ele, ao mesmo tempo que não sei mais viver com ele, pois é grande demais pra mim: pequeno ser que tanto fala de amor.

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