02/07/2012

O Futuro Prometido


Caminhando sozinha na beira do mar ela ia. Ia em busca de novos e melhores pensamentos. Ia em busca da mudança. Ia em busca de verdades. Ia em busca de valores que muitas vezes foram deixados para trás, sabe-se lá porque.

A tranquilidade do mar fazia ela pensar o quanto fora burra em meio há tantas escolhas sem fundamento, mas que por algum motivo, que não sabia qual, podia ter algum valor e fazer algum sentindo.

Caminhando sozinha na beira da praia, sentindo a brisa no rosto, os cabelos mexendo lentamente e os pés se corbrirem de areia molhada, ela sabia que nada mais valeria a pena. O mundo já não era mais como antes, o brilho do viver e a certeza que tudo tinha sentido passou a ser uma rara lembrança que, com medo de perder na memória anos de paixão, fizeram com que ela quissesse por alguns segundos viver eternamento aquela magia que só o mar e calmaria trazia para seu coração.

Parou, e por alguns minutos tentou entender o porque de tudo aquilo. De tudo jogado para o alto, de palavras não ditas, de olhares que não mais se cruzariam, do sorriso acalentando sua brabeza, do abraço aconchegando em seus seios os braços firmes de alguém que não mais estava ali para falar que tudo aquilo não passava de meros pensamentos sem sentido.

Mas ao contrário do que imaginara o que parecia ser para sempre não era mais seu. O futuro prometido já tinha passado e ela nem ao mesnos percebeu que aqueles anos de amor já estavam acabados. Caminhando sozinha na beira do mar ela se via frente a frente com seu próprio destino, com a solidão.

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